Nova novela das 19h, Dona de Mim, contará com o RAP como trilha principal; concurso nacional vai revelar talentos diretamente das Favelas.
A música urbana vai ocupar o horário nobre da TV brasileira. A Central Única das Favelas (CUFA), em parceria com a F Records e a Sony Music Publishing, firmou uma colaboração com a TV Globo para lançar um concurso musical que promete dar voz às favelas na trilha sonora da próxima novela das 19h, Dona de Mim.
A trama traz uma sonoridade diversa — do piseiro à MPB —, mas com forte presença de gêneros que nasceram e se firmaram nas periferias, como o RAP. Um dos núcleos centrais da novela gira em torno de jovens oriundos das favelas que participam de batalhas de rimas, lidam com os desafios do cotidiano urbano e sonham com oportunidades reais para transformar suas vidas.
Entre os destaques, está o personagem Ryan, vivido pelo rapper L7NNON, que traz para a tela a realidade de tantos jovens apaixonados pelo Ritmo & Poesia. A história de Ryan promete aproximar o público da vivência das batalhas, da cultura Hip Hop e da música como ferramenta de expressão e resistência.
Inscrições abertas até 20 de maio
O concurso nacional é voltado exclusivamente para MC’s e grupos musicais das Favelas e aceitará apenas composições autorais e inéditas. Para participar, é preciso que a música tenha total conexão com a proposta da novela e reflita a força da música urbana em suas diversas vertentes.
As regras são claras:
- Músicas inéditas e 100% autorais;
- Criadas por grupos da favela;
- Dentro da temática proposta pela novela;
- Sem qualquer tipo de plágio ou referência a músicas preexistentes.
Vinte músicas serão escolhidas para a primeira fase. Destas, cinco irão para votação popular. A faixa vencedora será revelada em junho e fará parte da trilha sonora oficial da novela — uma vitrine de proporções gigantescas que poderá transformar a carreira de artistas que hoje rimam nos becos e ruas do país.
Mais do que uma simples seleção musical, esta é uma oportunidade de conectar a ficção com a realidade e mostrar ao Brasil a potência criativa que brota das Favelas. O RAP, muitas vezes marginalizados, ganham aqui um palco nobre para alcançar novos públicos e ocupar o espaço que lhes é de direito.
Aumenta o som, Brasil. A favela vai cantar em horário nobre.