Quando o freestyle vira esporte, e o talento da quebrada ganha farda de time
O corre é real e agora tá ficando mais sério ainda. O Favera Freestyle chegou pesado no cenário das batalhas de rima e já tá dando o que falar. É tipo um time de futebol, só que formado por lendas do improviso. Mas não é só rima por rima: é estrutura, identidade, propósito — tudo pensado pra profissionalizar o freestyle no Brasil, sem esquecer a raiz periférica de onde tudo isso nasceu.
Quem tá por trás dessa ideia são os manos Raphael Gustavo e Gabriel Ribeiro, dois guerreiros do Vera Cruz, quebrada da zona oeste de Goiânia. Eles tão chegando com uma visão ousada: tratar o freestyle como modalidade cultural-esportiva, elevando o nível da cena com respeito, técnica, performance e muito sangue nos olhos.
“Criar um time de freestyle é reconhecer que a rima improvisada é mais do que arte: é performance, técnica, estratégia e expressão cultural de alto nível”, explica Raphael. “Assim como os e-sports, o freestyle também tem atletas, impacto social e merece o mesmo reconhecimento.”
E vamos combinar: faz todo sentido. Quem vive batalha sabe o quanto a mente trabalha, o quanto tem de preparo por trás da rima que sai na hora. E agora, esse talento tá ganhando uniforme, nome, camisa e estrutura de time profissional.
Conheça o elenco de peso do Favera Freestyle
O time já nasce forte, com cinco MC’s brabos, cada um representando sua quebrada, seu estilo e suas conquistas. Olha esse squad:
Kaemy (GO) – A capitã da tropa
Camisa 1 da equipe, tricampeã estadual e campeã nacional em 2023, a mina é referência no freestyle feminino. Desde que entrou no Favera, já levou mais três títulos: Batalha da Paz 150, Batalha do Largo (SP) e P.U. (GO). Tá voando!
Winnit (SP) – Punchline na veia
Direto da selva de pedra, campeão do Nacional Red Bull, com punchlines que rasgam e lírica de responsa. Já chegou representando com título na Batalha do Tucuruvi e final na Batalha da Aldeia 421.
Vitu (PE) – O camisa 10
Mano de Recife que carrega originalidade no flow. Recentemente venceu a Batalha de Pirituba 312 e chegou na final do Ana Rosa. Estilo autêntico, com rima que gruda na mente.
Dadin (GO) – Brabo da disputa
Campeão estadual de Goiás, conhecido pela pegada agressiva e competitiva. Tava na vibe quando venceu a Batalha do Garavelo 45 e a edição TrapStar da Batalha da Paz. Pesa no verso, sem dó.
Neguim (GO) – Cria raiz
Host, MC e militante da cultura. É prata da casa, direto da Zona Oeste de Goiânia. Chegou somando, ganhando a Batalha da Paz 153 já com a camisa do Favera. Tá conquistando espaço na responsa, com postura de veterano.
A nova fase do freestyle brasileiro tem nome
O Favera Freestyle surge como reflexo do crescimento das batalhas no Brasil. Hoje já tem MC sendo contratado por time de futebol, por organização de e-sports… É outro patamar. E o Favera quer ser esse elo entre o gueto e o game, entre a quebrada e o esporte, entre o grito da favela e o reconhecimento profissional.
Esse projeto chega com estrutura, narrativa e intenção clara de deixar legado. E o melhor: tudo isso sem se vender, mantendo a base no que é real — diversidade, inclusão, representatividade periférica.
Cola com o time: siga e fortaleça
Quer acompanhar de perto os bastidores, treinos e conquistas desse time que vai mudar o jogo? Segue lá no Insta: @faverafreestyle
Considerações finais
A gente que é da cena sabe que talento não falta, mas oportunidade é foda. O Favera chega pra mostrar que dá sim pra transformar rima em carreira, em profissão, em legado. E mais: sem deixar de ser quebrada, sem perder a essência.
O Rap no Movimento tá aqui pra contar essas histórias. Porque quando um de nós vence, é geral que vence também.