A força de Rafa Militão no rap brasileiro
A quebrada do Norte tá gritando alto! Rafa Militão, cantora, rapper, DJ e produtora cultural de Manaus, acaba de lançar o single Herança, que já está disponível em todas as plataformas digitais. A faixa não é só mais uma música — é um verdadeiro manifesto sonoro sobre ancestralidade, resistência e a força amazônida.
Com uma mistura ousada de rap, boi-bumbá, guitarrada e maracatu, Rafa abre um novo capítulo na sua caminhada musical. Quem conhece a trajetória dela sabe que não tem medo de ousar: já passou por palcos gigantes como Rock in Rio, Afropunk Bahia e Se Rasgum, além de rodar com a lenda Sandra de Sá.
A mistura que fortalece as raízes
Herança nasceu de um processo de dois anos de criação, trazendo a produção de Viktor Judah e a participação poderosa de Márcia Siqueira, uma das maiores vozes da Amazônia. Pela primeira vez, Márcia assina uma composição junto com Rafa, e o resultado é pura emoção.
O som carrega a floresta: charango, atabaques, ritmos de matriz africana e amazônica, tudo costurado com batida de rap. É aquele som que não deixa ninguém parado e, ao mesmo tempo, chama pra reflexão sobre nossas origens e nossa identidade.
“Essa música nasceu do cruzamento das nossas vivências. É sobre mulheres reais, do Norte, que constroem com resistência e afeto”, diz Rafa.
O curta que amplia a experiência
Mas Rafa Militão não parou no som. Herança também virou curta-metragem, dirigido por Keila-Sankofa, que estreia em Manaus e será exibido em sessões presenciais com intérprete de Libras. A ideia é fortalecer a vivência coletiva e levar o filme até comunidades locais, como o bairro da Betânia.
No elenco, além de Rafa, aparecem artistas como Uýra Sodoma, Francine Marie e Maria Dias, além de suas duas avós e sua afilhada. Essa presença multigeracional é um gesto simbólico de continuidade, afeto e resistência.
“Ver minhas avós e minha afilhada nesse trabalho foi profundamente transformador. É sobre reverência a quem veio antes e a quem ainda virá”, conta Rafa.
Rafa Militão: identidade, corpo e território
Herança é mais que um single, é um chamado. Rafa Militão mostra que a música pode ser espaço de resistência, conexão espiritual e afirmação identitária. Ela se firma como uma das vozes mais necessárias do rap e da música contemporânea no Brasil, unindo batida e memória, corpo e território, tradição e futuro.
O som já tá disponível nas plataformas digitais. Quem colar nessa vibe vai sentir o peso da ancestralidade e a força da Amazônia pulsando em cada rima e batida.