No dia 3 de julho, quem chega pesado nas plataformas é Jotapê, com o álbum “Até a Última Rima”, um corre cinematográfico que mistura vivência crua, letra afiada e produção de responsa assinada pelo monstro do beat, Papatinho.
O projeto vem com 14 faixas que parecem roteiro de filme de quebrada, com participações cabulosas de Emicida, Major RD, L7NNON, Lezin e até Lulu Santos, tá ligado? É tipo multiverso da rima, do soul, da visão.
Do corre pra obra
Jotapê veio da rua, daquele chão onde o tempo vale por rima e o respeito se ganha no mic. Foi ali, no meio dos aplausos suados e caixas estouradas, que ele entendeu que sua voz era arma, ferramenta e trilha. Esse disco não é só mais um: é tipo carta de intenção, testemunho de quem viveu o corre e ainda sonha mais alto.
O álbum tem aquela pegada cinematográfica, densa, bem construída. Ele joga nas linhas os pesos e as heranças: racismo, identidade, memória, afeto, fé, cultura. E não fica só no papo bonito não – cada faixa é um tiro certeiro, com flow pensado, letra lapidada e sentimento bruto.
Em junho, ele já tinha dado um gostinho do projeto soltando a faixa “O Legado de Pryor”, uma prévia com sabor de clássico.
Criatividade no grau com Papatinho
Segundo Jotapê, trabalhar com o Papatinho foi divisor de águas:
“Foi a primeira vez que alguém me deu um toque que mudou minha forma de escrever. Ele falou pra eu brincar com nomes em inglês, mas sem sair do português. E aí tudo fez sentido: Richard Pryor, Banna De Baio, Mantley, Riley, Bentley… virou parte do DNA do disco.”
Essa parceria virou química de responsa e ajudou a moldar o som do projeto todo. O disco ainda conta com produção da Original Quality e sai pelo selo Papatunes.
Verso forte, sem marketing fake
O sucesso do Jotapê é zero impulsionamento e 100% verdade na barra. O cara tem 1 bilhão de views só nos cortes das batalhas de rima, 1,2 milhão de seguidores no orgânico e os últimos três sons estourando no YouTube sem gastar um real com anúncio. É tipo prova viva que quando a rima é quente e a visão é firme, não tem algoritmo que segure.
Álbum + Experiência visual
E o disco vem com bônus: cada som vai ganhar conteúdo visual próprio, transformando cada faixa numa experiência imersiva. É som, imagem e performance conectados, na régua.
“Até a Última Rima” é o tipo de projeto que mostra que pra se manter no jogo não basta só flow – tem que ter verdade, consistência e visão. E isso, Jotapê entrega no talo.