Tune.Bank: o banco criado por músicos pra tirar artistas do sufoco

A real do corre musical no Brasil

O mercado da música brasileira tá bombando, mas quem tá no front sabe: nem todo artista sente esse crescimento no bolso.
De acordo com a Pro-Música, o setor faturou R$3,4 bilhões em 2024, um aumento de 21,7%, mas o streaming, que representa 87% dessa grana, ainda paga centavos por execução e com meses de atraso.

Pra quem tá na luta, isso significa adiar lançamento, segurar projeto, e muitas vezes trabalhar triplicado pra conseguir continuar sonhando.

A dor do artista independente

Um estudo da TuneTraders mostrou um cenário que todo músico da cena conhece bem: milhares de artistas ganham menos de R$1000 por ano em royalties.
Mesmo com talento e trampo, a maioria se vira em mil funções, produtor, social media, assessor, pra não deixar a arte morrer.

E o sistema só piorou: o Spotify, por exemplo, agora exige mil plays em 12 meses pra pagar royalties. Quem fica abaixo disso, perde o direito de receber. A plataforma redistribui esse valor pros grandes, deixando quem tá na base do jogo sem retorno nenhum.

“Como o artista consegue ter estabilidade e paz pra criar, se não sabe nem quando vai receber?”, questiona Vittorio Brun, CEO da TuneTraders.

Surge o Tune.Bank: de músico pra músico

Pra virar esse jogo, nasceu o Tune.Bank, o primeiro banco digital criado por músicos pra músicos.
A ideia é simples e direta: transformar o dinheiro futuro dos streamings em grana agora, o chamado Adiantamento de Royalties.

Funciona assim: o artista antecipa parte da sua receita de streaming e recebe um pagamento imediato, sem burocracia, com transparência total.

“A gente criou o Tune.Bank pra dar previsibilidade de caixa. Pra o artista poder investir no estúdio, num clipe ou na própria carreira sem travar o corre”, explica Brun.

Com agilidade, clareza e autonomia, o banco oferece o que o sistema financeiro tradicional nunca entendeu: o tempo e o ritmo da arte.

Tech, cultura e visão de futuro

O projeto nasceu da parceria entre Vittorio Brun e Carlos Gayotto, músico, apresentador e diretor de cinema, que desde 2020 estuda soluções pro mercado na Berklee College of Music e no MIT.
O lema é claro: “de músico pra músico”.

O banco é mais que uma fintech, é uma revolução pensada pra quem vive de som. E pra um cenário em que 42% dos artistas perderam renda na pandemia, ter fluxo de caixa é sobreviver.

“O Tune.Bank é uma solução que entende o corre de quem vive da música. É sobre seguir produzindo, sem depender de sistema que não entende nossa realidade”, finaliza Brun.

Muito além do banco: um ecossistema criativo

O Tune.Bank faz parte do movimento maior da TuneTraders, que vem fortalecendo o mercado cultural independente.
Eles já tocaram projetos como:

  • Crowdfunding pro lançamento de Zeca Baleiro (2021)
  • Parcerias com Tiê, Paulo Novaes e Anavitória
  • A estreia de Pedro Viafora na TunePlay (2024)
  • E ainda lançaram a Tune.Distro, além de ferramentas de biometria vocal e detector de IA pra proteger artistas.

A visão é uma só: menos burocracia, mais autonomia, mais música.
E agora, com o banco aberto, qualquer artista já pode se cadastrar e entrar nessa nova era.

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