perfil do grupo faccao central no portal rap no movimento

Facção Central

Gênero

Gangsta, paphardcore hip hop, horrorcore

Atividade

1989 - Atualidade

Origem

São Paulo - Brasil

Integrantes

Nino

Ex-integrantes

Dum-Dum, Eduardo, MAG, Jurandir, DJ Garga, DJ Eric 12, Smith-E, Moysés, DJ Binho

Gravadora

Sky Blue Music (1989–2016)

Influências

A286, Racionais MC's

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Descrição

Facção Central foi um grupo brasileiro de gangsta rap, formado na cidade de São Paulo no ano de 1989. O grupo de rap alcançou enorme repercussão devido ao forte conteúdo de suas letras e até a prisão de seus integrantes após a veiculação do clipe “Isso Aqui É uma Guerra”.

O grupo foi formado em 31 de maio de 1989, na região central de São Paulo e foi inicialmente integrado por Jurandir, Cesinha, Serginho, Wilson e Mag que posteriormente deixaram o grupo, sendo substituídos por Dum-Dum e Eduardo.

De 1997 para 1998, DJ Garga deixou o grupo e Erick 12 o substituiu, mas o mesmo também abandonou o grupo. Nascidos e criados em cortiços, os componentes, conviveram desde a infância com violência social, tráfico de drogas, vícios, violência policial, delegacias e presídios.

Um passado violento transformado em fonte de inspiração e traduzido em composições contundentes que relatam a realidade cotidiana das camadas mais baixas da sociedade, além de criticar duramente aqueles que, na visão do compositor, seriam os causadores dos problemas discutidos nas letras das canções.

Ameaças policiais por telefone, censuras de algumas rádios, prisões pelo conteúdo de algumas letras e até mesmo a proibição de veiculação na televisão brasileira do videoclipe “Isso Aqui É uma Guerra”, considerado pelas autoridades como apologia ao crime, são algumas das consequências decorrentes da postura do grupo, outros exemplos da postura do grupo são o lírico das músicas.

O grupo tem um estilo musical agressivo, violento, as letras do grupo seguem um violento estilo, entretanto racional. O grupo utiliza a linguagem da periferia (gírias) e a linguagem formal. Também é comum utilizar partes de músicas clássicas para iniciarem suas músicas. A religião se faz presente como mediadora, uma metáfora para a violência da Terra, como em “Hoje Deus Anda de Blindado” (Uma alusão à música de 1999 do grupo Pavilhão 9, “Se Deus Vier, Que Venha Armado”).

Em 1999, o grupo lançou o disco Versos Sangrentos, com batidas fortes e letras de protesto, relacionadas aos temas violência, corrupção, fome, violência policial e a ineficácia do governo.

Foi alvo de censura, tendo o disco ido à loja com 15 músicas gravadas e um videoclipe da música “Isso Aqui É uma Guerra”, que foi acusada e censurada por apologia ao crime. O clipe foi ao ar durante seis meses e chegou a passar na MTV, mas logo foi retirado pelo mesmo motivo. Os integrantes afirmaram que não tinha nenhuma apologia no clipe, pois no final um dos bandidos que assaltaram o banco foi morto, com a mensagem de que o crime não compensa.

Após a censura do videoclipe do grupo no disco Versos Sangrentos, o Facção Central lançou o álbum A Marcha Fúnebre Prossegue, que inicia-se com uma introdução à notícia da censura, dada em vários telejornais com os dizeres “Rap que faz apologia ao crime, Facção Central”, divulgado no Jornal Nacional por Fátima Bernardes.

Essa introdução é composta por vários “recortes” de noticiários da televisão brasileira. Após a faixa “Introdução”, vem em seguida a faixa “Dia Comum”, que conta a história do cotidiano das periferias brasileiras, e, em seguida, a faixa “A Guerra Não Vai Acabar”, uma espécie de “carta-resposta” a censura do videoclipe, que inicia-se com uma pesada letra e críticas a promotoria, dizendo “Aí promotor, o pesadelo voltou, censurou o clipe mas a guerra não acabou; ainda tem defunto a cada 13 minutos das cidades entre as quinze mais violentas do mundo”, e no refrão da mesma música eles dizem “Pode censurar, me prender, me matar, não é assim promotor que a guerra vai acabar”. Outras críticas seguem no decorrer do álbum e nelas se destacam “A Marcha Fúnebre Prossegue” e “Desculpa Mãe”.

Em 2003, o grupo lançou Direto do Campo de Extermínio, seu quinto álbum, vencendo as categorias “Melhor Álbum do Ano” e “Música do Ano” com a faixa “O Menino do Morro” no Prêmio Hútuz daquele ano.

Mais tarde, em 2006, com O Espetáculo do Circo dos Horrores, Facção Central mais uma vez garantiu o prêmio de “Melhor Álbum do Ano” no Prêmio Hútuz.

Saída de Eduardo: No dia 18 de março de 2013, Eduardo postou um vídeo no YouTube informando que, devido a algumas desavenças, não fazia mais parte do grupo.

Sendo assim, deixando claro para os fãs que não irá abandonar o Rap, e ainda vai ter uma longa caminhada nessa estrada, relatando os problemas podres de nossa nação.

Curto período com Moysés: O intérprete e compositor Moysés ingressou ao Facção Central logo após a saída de Eduardo, em 2013.

Durante seu período no grupo foram gravadas duas músicas e em pareceria com os Racionais MC’s que estavam comemorando 25 anos de carreira se apresentou com Dum-Dum em um show na Zona Leste de São Paulo.

No dia 4 de agosto de 2014, Moysés anunciou seu desligamento alegando: “Minha decisão por sair do grupo foi tomada após eu entender que a forma que eu enxergo a guerra é diferente da forma que o meu mano Dum-Dum a enxerga, cada um tem sua visão sobre a opressão”.

Dum-Dum passou a carregar o nome do grupo como único responsável pelas atividades desde a saída de Eduardo, de 2013 a 2023, ano de seu falecimento.

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