Projeto aconteceu em novembro e ofereceu oficinas com foco na arte urbana para crianças e adolescentes da Casa de Acolhimento Provisório Margarida Severiano.
O projeto Trilhas do Hip Hop aconteceu nos dias 15, 20 e 21 de novembro, oferecendo oficinas de breaking, uma dança urbana, elemento dança da Cultura Hip Hop, movimento artístico surgido no Bronx, em Nova York, nos anos 1970, e oficinas de grafite para crianças e adolescentes da Casa de Acolhimento Provisório Municipal Margarida Severiano, em Garuva, no extremo norte catarinense. O projeto cultural foi aprovado pelo edital do Festival Catarinense de Hip Hop, executado com recursos da Emenda Impositiva nº 2351/2025, por meio do Termo de Fomento nº 2025TRO01064, da Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
As atividades aconteceram intensamente nas manhãs e tardes, proporcionando aos participantes um contato próximo e integrado com expressões artísticas que fortalecem a criatividade, a convivência e o desenvolvimento pessoal. Foram iniciativas que integraram a programação do Festival Catarinense de Hip Hop, tendo a Associação Dança Criciúma (ASDC) e a Casa do Hip Hop Flor e Ser, de Criciúma, como idealizadores, que selecionaram através de edital, o “Trilhas do Hip Hop”, do proponente Igor Gori.
O vice-presidente da ASDC, André Tavares, destacou que a proposta do festival buscou descentralizar o acesso à cultura e levar o Hip Hop para diferentes regiões do estado.
A Casa de Acolhimento Provisório Municipal Margarida Severiano é uma instituição que, desde 2013, oferece proteção e cuidado a crianças e adolescentes de Garuva em situação de vulnerabilidade, garantindo a elas um ambiente seguro, com referência de lar, afeto e convivência. O serviço é gerenciado pela Secretaria do Desenvolvimento Social e Habitação do município e pertence à Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, na modalidade de abrigo institucional provisório.
As oficinas de breaking foram conduzidas pelo B.boy e produtor cultural Oséas Lourenço da Silva, que mostrou a dança como uma prática divertida, coletiva e capaz de aprimorar a percepção corporal de forma positiva.
As oficinas de grafite foram ministradas pelo artista visual Igor Gori, apresentando técnicas e possibilidades que estimulam a expressão criativa e a construção de identidade própria entre os participantes. A coordenação do projeto foi da gestora e produtora cultural Eliane dos Santos, com participação especial da artista e arte-educadora Cristina Domingos.
De acordo com Igor Gori, a arte urbana atua como uma importante ferramenta de fortalecimento pessoal e social, principalmente para jovens em situações delicadas, pois contribui para a autoexpressão, para o reconhecimento de suas potências e para a construção de novas perspectivas de vida. Ele destaca ainda que o contato com a arte é fundamental para a saúde mental e para a ressignificação de histórias.